Vacinação contra a Gripe: proteção para mamães e bebês

Saiba tudo sobre a Campanha de 2025

A campanha de vacinação contra a gripe de 2025 é uma ação crucial do Sistema Único de Saúde (SUS) para proteger a população brasileira contra os vírus influenza, que são responsáveis pela doença, especialmente durante o inverno, quando as infecções respiratórias se tornam mais prevalentes. Com o objetivo de imunizar o maior número possível de pessoas, a campanha foca principalmente nos grupos mais vulneráveis, como gestantes, puérperas, bebês e crianças. Neste texto, abordaremos detalhes sobre a campanha de 2025, incluindo suas datas, os grupos prioritários, os benefícios da vacina, as doenças contra as quais ela protege e a importância da vacinação para gestantes, puérperas, bebês e crianças.

Início da Campanha de Vacinação

Em 2025, a campanha nacional de vacinação contra a gripe terá início no dia 7 de abril. Durante esse período, postos de saúde em todo o Brasil estarão abertos para a aplicação da vacina contra a influenza. A campanha será dividida em etapas, com o foco inicial nos grupos prioritários, que incluem gestantes, puérperas, bebês e crianças, além de outros grupos como idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades.

A estratégia de vacinação será realizada de forma escalonada, priorizando os mais vulneráveis no início da campanha, conforme as recomendações do Ministério da Saúde. Para alcançar a máxima cobertura, a vacinação continuará sendo promovida em unidades básicas de saúde e também em postos de vacinação volantes, facilitando o acesso da população, especialmente em áreas mais afastadas.

Grupos Prioritários da Campanha de Vacinação

A vacina contra a gripe é especialmente importante para determinados grupos da população, que têm maior risco de complicações graves em caso de infecção. Os principais grupos prioritários para a vacinação em 2025 são:

1. Gestantes: Mulheres grávidas têm o sistema imunológico alterado, o que as torna mais suscetíveis a complicações respiratórias graves causadas pelo vírus da gripe. Além disso, a infecção pela gripe pode prejudicar a gestação, aumentando o risco de parto prematuro e de complicações para o bebê.
2. Puérperas (mulheres no pós-parto): Mulheres que acabaram de dar à luz também estão em um período de vulnerabilidade imunológica. Além disso, a gripe pode aumentar o risco de infecção do útero e de outras complicações pós-parto. A vacina é fundamental para proteger tanto a mãe quanto o recém-nascido.
3. Bebês e Crianças: O sistema imunológico de bebês e crianças ainda está em desenvolvimento, o que torna esses pequenos mais propensos a contrair doenças respiratórias graves, como a gripe. Crianças com menos de 2 anos, especialmente, podem apresentar complicações sérias, como pneumonia, o que torna a vacinação uma medida de proteção fundamental.
4. Idosos (acima de 60 anos): O envelhecimento pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando os idosos mais vulneráveis à gripe e suas complicações. Além disso, eles têm maior probabilidade de desenvolver formas graves da doença, como a pneumonia viral.
5. Profissionais de saúde: Aqueles que trabalham na linha de frente do atendimento a pacientes doentes estão em risco maior de exposição ao vírus da gripe. A vacinação é uma medida importante para evitar a disseminação da doença e proteger tanto os profissionais quanto os pacientes.
6. Pessoas com doenças crônicas (como diabetes, doenças respiratórias e cardiovasculares): Indivíduos que têm comorbidades estão em maior risco de desenvolver complicações graves, como insuficiência respiratória ou infecções secundárias.

Contra Quais Doenças a Vacina Contra a Gripe Protege?

A vacina contra a gripe de 2025 tem como objetivo proteger a população contra as cepas de vírus influenza que circulam no ano. Ela é formulada anualmente, com base em estudos feitos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, para incluir as linhagens de vírus que são mais prevalentes. A vacina protege contra três ou quatro tipos de vírus influenza:

• Influenza A H1N1: Esse subtipo do vírus é um dos principais responsáveis por epidemias graves de gripe em diversas partes do mundo. A cepa H1N1 ficou amplamente conhecida durante a pandemia de 2009, mas desde então continua circulando sazonalmente.
• Influenza A H3N2: Outro subtipo do vírus influenza A, responsável por infecções respiratórias graves, especialmente em crianças e idosos.
• Influenza B (linhagens Victoria e Yamagata): A gripe do tipo B também pode causar complicações, embora geralmente de forma menos intensa que os subtipos A. No entanto, a inclusão das linhagens B na vacina é importante para proporcionar uma proteção mais ampla.

A Importância da Vacinação para Gestantes, Puérperas, Bebês e Crianças

A vacinação contra a gripe é especialmente vital para gestantes, puérperas, bebês e crianças. Para entender a relevância da imunização para esses grupos, é importante compreender os riscos associados à infecção pelo vírus influenza.

Gestantes

Durante a gravidez, as mulheres passam por diversas mudanças no corpo, incluindo alterações no sistema imunológico. O sistema imunológico das gestantes é adaptado para não rejeitar o bebê, mas essa modificação pode tornar a mulher mais susceptível a infecções virais. A gripe pode agravar quadros respiratórios e aumentar o risco de complicações, como parto prematuro e dificuldades no desenvolvimento fetal. Além disso, a infecção pode levar a complicações como pneumonia e até óbito.

A vacinação contra a gripe reduz o risco de complicações graves tanto para a gestante quanto para o bebê. O benefício da vacinação também se estende ao recém-nascido, já que a proteção adquirida pela mãe durante a gravidez pode ser transmitida ao bebê, conferindo-lhe uma imunidade temporária contra o vírus da gripe.

Puérperas

As puérperas, que são as mulheres que deram à luz recentemente, estão em um período de vulnerabilidade imunológica. O sistema imunológico ainda está se ajustando após o parto, o que aumenta o risco de infecções, incluindo a gripe. Para essas mulheres, a vacina contra a gripe ajuda a prevenir complicações respiratórias, além de proteger a saúde do recém-nascido, que pode ser mais suscetível a infecções virais.

Bebês e Crianças

Bebês com menos de 6 meses não podem ser vacinados contra a gripe, mas os pais e cuidadores que são vacinados ajudam a proteger os pequenos, criando uma espécie de “escudo” ao redor deles. Para crianças a partir de 6 meses, a vacinação é essencial para reduzir o risco de infecção pelo vírus influenza, prevenindo complicações graves, como pneumonia, bronquiolite e até hospitalizações.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a gripe é uma das principais causas de hospitalização de crianças, especialmente nos primeiros anos de vida. Além disso, estudos demonstram que a vacina contra a gripe pode reduzir a transmissão do vírus, evitando surtos em escolas e creches.

O médico infectologista Dr. João Silva enfatizou a importância da vacina para a proteção de gestantes, puérperas, bebês e crianças:

“Estamos cada vez mais conscientes de que a gripe não é apenas uma doença comum, mas sim uma infecção que pode resultar em complicações graves, especialmente em grupos vulneráveis, como gestantes, puérperas e crianças. A vacinação é a melhor forma de evitar que esses grupos sofram com a gripe e suas complicações. A vacina é segura, eficaz e crucial para a proteção tanto da mãe quanto do bebê, além de reduzir a transmissão do vírus na comunidade.”

Dados sobre as Doenças e a Importância da Vacinação

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a gripe é responsável por milhares de hospitalizações e óbitos no Brasil anualmente. No inverno de 2024, mais de 10 mil casos graves de influenza foram registrados, com uma taxa de mortalidade que poderia ser reduzida significativamente com a vacinação. A vacina contra a gripe não apenas protege contra o vírus da gripe, mas também ajuda a evitar as complicações que podem ser fatais, como pneumonia viral.

A cada ano, a campanha de vacinação contra a gripe tem mostrado resultados positivos, com uma diminuição das taxas de hospitalização e mortalidade entre os grupos vacinados, especialmente crianças e idosos.

Como é o esquema de vacinação?

O esquema de vacinação contra a gripe é feito da seguinte forma:

• Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e dose única nos anos seguintes;
• Pessoas a partir de 9 anos: dose única anual;
• Em situação epidemiológica de risco, como surtos ou aumento da circulação do vírus influenza fora da temporada da gripe (outono e inverno), pode ser considerada uma segunda dose no mesmo ano para idosos, imunodeprimidos e pacientes com doenças crônicas que prejudicam a resposta à vacina e aumentam as chances de quadros graves (diabéticos, pneumopatas, cardiopatas, entre outros). O intervalo em relação à dose anual é de três meses.

É importante esclarecer que quem tomou a vacina no ano passado, deve se vacinar novamente esse ano.

A reação pela vacina da gripe é pouco comum e, quando ocorre, são sintomas leves e que desaparecem de forma rápida. É o caso de dor no local da aplicação, febre baixa, dor muscular e mal-estar. Normalmente, desaparecem após 48 horas da aplicação.

Além disso, a vacina da gripe pode ser administrada junto de outras vacinas do calendário de imunização nacional, como a da COVID-19 e dengue, sem necessidade de intervalo entre elas.

Conclusão

A campanha de vacinação contra a gripe de 2025 é uma oportunidade crucial para proteger gestantes, puérperas, bebês e crianças contra as complicações graves da influenza. A vacinação é uma medida simples, segura e eficaz que pode salvar vidas. Ao vacinar-se, você não só protege a si mesmo, mas também ajuda a proteger as pessoas mais vulneráveis ao seu redor, especialmente as crianças pequenas e as mulheres grávidas. Portanto, não deixe de participar dessa campanha e garantir a sua imunização e a proteção daqueles que você ama.